Que mulher!

Chamou as amigas para sair, colocou seu melhor vestido e passou aquele perfume que deixa sua marca em cada rapaz que cai em suas armadilhas de sedução. Quem vê ela assim até pensa que nasceu com essa confiança toda, mal sabem que existiu um cara que fez a vida dela uma bagunça e foi embora sem arrumar nada, com um bilhete de “se cuida”, sem ao menos um “foi bom ter te conhecido”. Cara, isso acabou com aquela mulher, ficou meses dentro de seu casulo, os olhos azuis ficaram cinza parecia que no mundo dela só tinha tempestade, imagina só; nem um solzinho se quer.

Até que um dia, saiu do banho e viu aquele batom vermelho no criado mudo perto de sua cama, lembrou que ele dizia que o batom a deixava vulgar demais e a fez acreditar que realmente não era para ela aquela cor. Logo ela, ruiva como Ariel, branca como a neve, o batom só destacava aquela beleza que só ela possuía. Naquele dia, ela passou aquele batom e disse adeus aquela tristeza toda, jogou o casulo fora, finalmente virou borboleta.

Aquela mulher virou um furacão, desses de comercial de perfume de televisão, os homens não conseguiam se controlar perto dela, era pura sedução misturado com um ar incrível de superação. Dizem por aí que o cara, aquele do começo do texto, viu ela na balada, ficou de boca aberta, começou a se perguntar se não esqueceu do “eu te amo” no bilhete de “adeus”. Começou a realmente acreditar que foi um erro ter esquecido dessas três palavras, deveria mudar algo a essa altura, não é? Não mesmo!

O que faz dessa mulher incrível é o amor próprio que ela adquiriu sem aquele cara, a confiança que ela não tinha a meses, tudo nela brilha e sabe por quê? Porque ela aprendeu que não precisa de ninguém para ser feliz, que a verdadeira felicidade é dançar em frente ao espelho e gostar de cada detalhe do seu corpo, e que homem de verdade não deixa bilhete, muito menos vai embora sem dizer adeus.