Nós eramos muito próximas uma da outra, costumávamos dizer que devíamos ser irmãs de outras vidas, eu confiava nela e planejávamos uma vida inteira cuidando uma da outra. Era minha melhor amiga e eu queria o bem dela e era isso que eu precisava; que ela fosse feliz.
Mas existia ele, aquele sorriso que deixava qualquer uma tonta sem saber o que fazer. Aquele olhar que penetrava no seu e você perdia a noção do tempo, a conversa que te galanteava mesmo sem esforço e as promessas que nunca foram cumpridas. É o tipo de homem pelo qual você fica perdidamente apaixonada e se deixa levar.
Já era de se esperar que quem sairia perdendo nisto tudo era eu, sempre quis o melhor para as pessoas e acabei esquecendo o que era melhor para mim. Ver os dois felizes e vivendo um romance clichê de faculdade me fazia perguntar para mim mesma se valeu mesmo a pena ter o deixado partir sem lutar, se ele merecia essa luta e se ela merecia essa felicidade.
Ás vezes o melhor para as pessoas não é o melhor para nós, talvez se tivesse me entregado completamente não estaria feliz como estou agora, depois de ter perdido dois amores, me completei com um só: O meu.
Pessoas são um ciclo e no final lutam pelo que todos querem: “Um amor para noites frias e dias quentes. Seja ele qual for e quem irá perder, elas querem amar”. Vai ver optei mesmo pela felicidade dos dois, porque no final o amor é isso: Abrir mão de quem não te ama e deixar o outro ser feliz.